8.4.11

O PENSAMENTO EM SANGUE






Quando ela acendia o lume
a sua mão tremia.

Um feixe de vento negro
e canhestro

abria-lhe na alma
o pensamento em sangue.

Era a lembrança a provir
do gume ávido e rude.

Cortes vivos nela doíam.

J. Aberto de Oliveira