31.1.19

A RECOMPENSA





Ainda hoje me alembro da cancela entreaberta no sentido poente.
Era por lá que eu saía nem sei para onde.
Depois voltava mais pensativo que vivo.

Mas eu só vinha quando ouvia a voz que chamava o mais inteiro nome de mim:
– Zé!
– Já vou, minha mãe!

Acredito que a recompensa andava sempre comigo.

J. Alberto de Oliveira