11.12.20

VITA BREVIS


 


Se puderdes trabalhar por mim, dai-me de comer e deixai-me pensar aquilo que nem imaginais.

Deixai-me soletrar o que nem ousais dizer.

Possa eu adivinhar o que nunca haveis de ouvir.

Tenha eu o tempo propício para ver o limiar do invisível e sonhar o nada que é evidente.

E quando eu tiver fome, trazei um naco de pão, ó companheiros do mundo.

 J. Alberto de Oliveira

(Texto escrito enquanto ouvia Khatia Buniatishvili ao piano na Casa da Música, no dia 06/10/2019)