Luís de
Camões desejava e sentia tudo o que seus olhos viam:
o rosto e
o corpo da amada, uma bonina, as ondas do mar.
Escrevia
as suas cartas, estâncias, versos e rimas como quem respira.
Com arte
e génio Luís de Camões fixou na língua portuguesa
as
palavras
que não
podem ser esquecidas.
É urgente
ler o Poeta para que nunca se perca a cadência,
as
sonoridades e a alma da melancolia camoniana.
Luís de
Camões no seu impulso irónico, brigão e amoroso,
imaginava
o dicionário que nos falta:
o
dicionário do amor.
Um dicionário onde a fala é ditosa e preciosa. Onde o sensível, épica e liricamente, se mostra e manifesta.
J. Alberto de Oliveira