4.11.11

NÓMADA ESTRANHO



Desta vez a lembrança veio ter comigo sem relevos,
sem verbo, sem rodeios.
Irrompeu de lado nenhum, dizendo-me apenas:
“Ó nómada estranho, em terra alheia!”

J. Alberto de Oliveira

DOIS VERSOS DE F. ECHEVARRÍA




Fernando Echevarria, com dois versos apenas, confirma a infinitude:

[…] Mas irmos devagar alarga-nos. Prediz
o nome que teremos ao ver que tudo é grande.

Parafraseando o poeta, por minha conta e risco, pergunto:

E que nome seremos ao ver que tudo é grande?

J. Alberto de Oliveira

2.11.11

O JOGRAL DA ALEGRIA




A imaginação poética e santificante de Francisco de Assis, a partir do momento em que ficou cego, redobrou de louvores para glória das coisas e de seu Criador no tempo e na eternidade.
Sem luz na retina dos olhos que a terra lhe havia de comer, cantou a possessão e o resplendor do irmão Sol.
Repartiu a aura e o louvor pelo corpo dos elementos da vida.
S. Francisco de Assis, o jogral da alegria, intuiu com lídimo fulgor as notas musicais do Universo.
Elevou o desejo de todas as criaturas ao júbilo perfeito.

J. Alberto de Oliveira