15.6.22

JURAS DO TEMPO




 

Guardo furtivos segredos

dentro das minhas lembranças.

Alguns são lendas do mar.

Outros, amores da infância.

 

Das horas todas eu fujo

com minha vida nos braços.

Dos muros e gente absurda

Fujo com desembaraço.

 

A malícia fria do tempo

mói às claras e no escuro.

Mói-nos a carne e os ossos.

Juras do tempo não curam.

 J. Alberto de Oliveira