6.5.08
O ROSTO QUE SONHA
para José Rodrigues
Não se sabe donde
vêm a mão
o silêncio e a luz.
Com elementos primordiais
e legendas vivas
do Santo de Assis
descem e mostram o rosto
que sonha demasias.
São demasias de ser
e ternura.
Debaixo da mão
do silêncio e da luz
resplende e sonha
o primeiro de muitos rostos.
J. Alberto de Oliveira
5.5.08
DO CANTO MAIOR
[...] perguntam à Sulamita o que o seu amado tem de particular, sobretudo que tem ele que elas também não tenham nos seus
com as colunas e as minhas longas pernas onde gosta de se enrolar como heras e vinha virgem, embrenhou-se, parou ofegante,
deslizava pela minha pele mais escura que a noite, corria pelas minhas formas mais firmes que o solo dos seus combates e, finalmente, depôs em mim o segredo do seu veneno; quando acordei, estava só e tive medo que tivesse morrido ou, se morto,
eu não conseguisse encontrá-lo como meu, ou eu?
Maria Gabriela Llansol - ONDE VAIS DRAMA-POESIA?
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