19.2.22

ÀS PRIMEIRAS HORAS


 

Às primeiras horas do nosso pão de cada dia

escrevo em folhas alumiadas pelo fogo.

 

Escrevo sacudindo o entulho

para não deixar que alguma vez ele me cubra.

 

Escrevo desatinos e seu alvoroço

subtraindo ao céu-da-boca frases antigas

 

que ressoam na garganta ao rubro.

J. Alberto de Oliveira

16.2.22

UM SEGREDO




Sei um segredo

que vou deixar para depois.

 

É uma lembrança no mar

sonhada fora do tempo.

 

Vale tudo ou nada.

Não tem som nem letras.

J. Alberto de Oliveira