Submerso no
escuro da noite
um anjo ensina música.
Há uma exígua candeia
a alumiar as suas histórias.
Ouve-se o latir
dos cães
em cada sombra
da lua.
E o vento fala
com ardor
usando línguas
de fogo.
Tudo poderia ser
prece ou poema
quando a noite é
uma tela
de sons que
dançam.
Quando a noite mais
viva
que um exercício
de poetas
me vem pedir
lembranças.
J. Alberto de Oliveira