Ainda
me lembro da jubilosa manhã
em
que vi
a
primeira rosa que floria depois do inverno.
A
caminho da escola havia frescura.
Arranquei
à rosa uma pétala orvalhada.
Limpei
as gotas do relento.
Abri
ao acaso o meu livro de leitura
e
fechei-a ali dentro
no
silêncio das palavras que aprendia.
Depois
do inverno
talvez
tudo seja mais verdade que mentira.
Improváveis sejam as palavras
e as rosas que ainda soletro.
J. Alberto de Oliveira