28.10.06

A QUEIMADURA CELESTE



Em si mesma, para cada um de nós, no momento em que nos toca, como se fosse o dedo de Deus, a poesia esconde-nos da morte. 
É o único céu portátil de que estamos certos. 
Um céu de palavras, que de século em século se comunicam, a queimadura celeste que a vida deixou nos nossos vulneráveis corações. 

Eduardo Lourenço