4.7.14

SOPHIA




Quando me inclino sobre a paisagem textual da Sophia
estremeço como um leitor indefeso.
A constelação de versos e frases é tão viva e clara
que me fere o olhar.
As palavras da Poeta evidenciam o injusto e denunciam o impuro.

Muito gostaria eu de também denunciar as mentes académicas
que lhe trocaram o pequeníssimo talhão de terra
ao ar livre
por um panteão propício ao bafio, a turistas e penumbra.

J. Alberto de Oliveira   

1.7.14

OH MARAVILHA DA ALMA


                                               

                                           para a Lys

Oh maravilha da alma
que se alicerça no fulgor

de coisas cheias de infância.

Oh alumiação de ser 
o vento na escrita a corrigir

sentimentos e frases pequenas.

Oh duplo sopro inebriante
ao citar-me o nome de Alice

no país das maravilhas.

J. Alberto de Oliveira

Retrato de Alice Liddell no Verão de 1858