Eu sei que o mundo é
turvo. E o precário define-se pela condição de existir.
Mas também eu sei que a poesia e a música não se compram
nem “se pedem como esmola”, diria J. S. Bach.
A música e os
poemas fluem para ser dados à inteligência mais intuitiva.
É verdade que o mundo me desvia de tudo o que seria
delicadissimamente claro, divino, exacto e musical.
Não obstante, ainda sobra o sol que, depois de uma frente fria de
chuva, transforma a paisagem num corpo de vibrações, de azul e claridade.
J. Alberto de OLiveira