Sentado à mesa, J. S. Bach
media o tempo, a luz e o silêncio.
O pensamento escrito na pauta
ajustava-se ao ritmo e às
vibrações do sopro universal.
Fernando Pessoa percorria as
ruas de Lisboa, em passo firme,
como se fossem as rotas de
novos mundos a descobrir.
Ia e vinha absorto, filho de
ninguém.
Ia e vinha todos os dias,
sempre ele mesmo, sendo outros.
J. Alberto de Oliveira
Gravura de João Pedro Cochofel
Gravura de João Pedro Cochofel