Nunca transcrevo os sonhos que me
visitam durante o sono. Deixo que eles se diluam no olvido. Mas o sonho, o que
tive a última noite, aqui fica.
Sonhei que detive no ar uma ave
muito, muito pequenina. Esvoaçava à minha volta. Era belíssima e de cor amarela. Tinha os olhos muito inquietos e meigos. Queria voar. Mas eu só imaginava uma gaiola
e comida para lhe dar. Eu queria que ficasse comigo todos os dias para todos os
dias a ver.
J. Alberto de Oliveira