Nos
vidros da minha janela
virada
a sul
as
gotas primordiais são da chuva.
Não
pesam mais que o ar
da
sua própria luz.
Escorrem
como se fossem lágrimas
a
cair nos lenços da alma.
Escorrem
porque é de vidro e névoa
o dom precioso da minha janela.
J. Alberto de Oliveira