Os meus lugares
no mundo são muito estranhos. De sítio em sítio porto-me como um nómada.
E de mais a
mais, o imaginário leva-me para toda a parte, sem propósito nem documentos. Às
vezes, lembro-me que estes papéis já perderam a validade ou que são falsos.
Que devo fazer?
Nada.
Os efeitos e as
sombras do fogo enleiam-me na pele das águas.
Eu persisto nas
inspirações furtivas, suspeitas, irreais, incertas.
Recebo-as como
invencíveis. Devo-lhes muito.
São poéticas.
J. Alberto de Oliveira