Ficar em frente do mar às dezanove horas de um dia de Outubro não se explica.
Como tão pouco se entende o rochedo solitário do Lido, no Funchal, perdido no meio das águas, semelhante às figuras que me seduzem ou metem medo.
O exercício no horizonte do imaginário exige muito papel
e tinta suficiente.
Para escrever, só me falta saber como se ressuscita,
porque a morte é certa e certeira a qualquer momento.
Não sou activo. Se fosse, teria ido para ladrão ou
polícia.
Eu sou contemplativo.
J. Alberto de Oliveira