9.10.16

O EXERCÍCIO




Ficar em frente do mar às dezanove horas de um dia de Outubro não se explica.

Como tão pouco se entende o rochedo solitário do Lido, no Funchal, perdido no meio das águas, semelhante às figuras que me seduzem ou metem medo.

O exercício no horizonte do imaginário exige muito papel e tinta suficiente.

Para escrever, só me falta saber como se ressuscita, porque a morte é certa e certeira a qualquer momento.

Não sou activo. Se fosse, teria ido para ladrão ou polícia.
Eu sou contemplativo.

J. Alberto de Oliveira