Em
Camões era tudo uma síntese ardente.
Tudo
se tornava engenho e arte quando
falava,
quando
escrevia, quando imaginava, quando amava.
O
Poeta raramente deixou um mote sem resposta.
Com
palavras e rimas desejava o mais alto,
apreendia
os efeitos do amor cego.
Entre
desatinos, enganos e desvarios
nunca soberbo foi seu pensamento.
De
cor sabia as sílabas necessárias à lusa pronúncia.
O
prazer do texto camoniano é a nossa fortuna.
J. Alberto de Oliveira