Se
puderdes trabalhar por mim, dai-me de comer e deixai-me pensar aquilo que nem
imaginais.
Deixai-me
soletrar o que nem ousais dizer.
Possa
eu adivinhar o que nunca haveis de ouvir.
Tenha
eu o tempo propício para ver o limiar do invisível e sonhar o que é evidente.
E
quando eu tiver fome, trazei um naco de pão, ó irmãos do mundo.
J. Alberto de Oliveira
(Texto escrito enquanto ouvia Khatia Buniatishvili ao piano na Casa da Música, no dia 06/10/2019)