13.8.22

A LUZ DE ’SCREVER


 

Algumas palavras resumem o júbilo

de ver o invisível.

 

Recuso-me a existir só para ’star.

 

O que não entendo

espero.

 

Desejo que a vida cumpra 

a razão estética da mão a ’screver


Talvez o azul do linho em flor seja a cor

mais próxima das águas e do quotidiano das janelas.


O azul da tinta anda sempre comigo.

 

À hora do crepúsculo deixo que a porta entreaberta

mostre a luz de ’screver.

 

O primor de acender o fogo começa

pela substância de uma confidência.

                                  

Alumia o poema completo.

J. Alberto de Oliveira