Às primeiras horas do nosso pão
de cada dia
escrevo em folhas alumiadas pelo
fogo.
Escrevo sacudindo o entulho
para não deixar que alguma vez
ele me cubra.
Escrevo desatinos e seu
alvoroço
subtraindo ao céu-da-boca
frases antigas
que ressoam na garganta
ao rubro.
J. Alberto de Oliveira