(Agradecimento ao Dr. José Ribeiro - Edições Afrontamento;
à FNAC; aos poetas Manuel António Pina e Cláudio Lima; à D,ra Maria Bochicchio;
ao actor Alexandre Falcão; ao Dr. Jorge Coelho).
[…] Agradeço, finalmente,
àquelas e àqueles que são a raiz dos meus exercícios poéticos. Não refiro
nomes. Ou melhor: direi apenas um nome à volta do qual congrego todos os
demais.
Falo de alguém com 825 anos.
Nasceu em Itália no ano de 1181. Toda a sua vida foi um sublime desafio poético
que provinha de uma apurada sensibilidade a transbordar em demasias de amor. Há
duas palavras para o seu retrato: vigor e ternura. No
dizer de Chesterton "foi o único democrata sincero deste mundo".
Tendo ficado cego, numa viagem ao Egipto, ditou aos seus companheiros ou
jograis de Deus, dois anos antes de falecer,uma das maravilhas poéticas da
Literatura Mundial: "O Cântico das Criaturas" ou vulgarmente dito
"O Cântico do Irmão Sol". Falo de S. Francisco de Assis. Perdura na
minha sensibilidade e no meu pensamento como um paradigma ou ícone.
Com Francisco de Assis
aprendi a ter uma alma de vidro e
a dizer o essencial em "poucas e simples palavras".
A terminar e em louvor da
Poesia: há palavras que desejam a
nossa inocência de ser.
Com alegria cito uma mulher,
a escritora Ana Teresa Pereira: "Todos nós precisamos de uns 10% de
esperança para continuar a escrever ou para amar outra vez".
(Palavras de agradecimento proferidas por J. Alberto de Oliveira
no lançamento de O SOM APROXIMATIVO, em 20/04/2005, na FNAC, Matosinhos)