Quase
todos nascemos com vertigens de qualquer coisa.
Vertigens
do sossego ou do desassossego;
da
música ou do ruído.
Vertigens
da política ou da guerra;
do
divino ou do dinheiro.
Vertigens
do silêncio ou do poema;
do
eterno ou da finitude.
Vertigens
de orgias ou da ascese.
Quase
todos nascemos com influências
de
anjos ou demónios.
Porém,
muito simples e naturalmente há quem nasça
com
vertigens de nada.
J. Alberto de Oliveira