Eu, mais pequeno
que tudo e maior que eu próprio,
comecei a travessia
com os olhos
postos num ponto que me levou para fora de mim.
Por sorte, ouvi
as palavras que a mãe, o pai, a vizinha
e a parteira
diziam da vida.
Mas, esqueci
tudo, adiando a aprendizagem.
Eu ouvia os sons
de ser um esboço de pauta verbal
que os pinhais, as
aves e o vento iam compondo para o futuro.
Afinal, o meu
interior é anterior a mim.
Quando nasci, eu
só queria o pensamento de ver o lume.
J. Alberto de Oliveira