Foi com júbilo e surpresa ir à escola pela primeira vez,
numa certa manhã de Outubro do ano 1952.
Perdido
no meu ar pensativo, de casa me levou minha Mãe.
A
professora, airosa e moça, com doçura de alma e boas palavras me recebeu. Disse
um não sei quê de espanto e alvoroço. Depois, sentou-me numa carteira, a par de
uma menina com espírito e nome de Rosa, que em todo o resto do dia me ensinou o
que já aprendera de cor.
Pelo
sentido intuitivo de três corações falantes e femininos se abriu para mim a
porta da escola.
Com a solicitude maternal principiava o exercício contínuo de escrever e ler.
Começou nesse dia outonal uma pronúncia
diversa e dura.
Firmava-se
o alicerce verbal do futuro.
J. Alberto de Oliveira