Há sítios onde a placidez do outono se consubstancia
com a geometria das colinas solares,
com a devagarosa água corredia,
com o desassossego dos insectos,
com o perfume das folhas e dos frutos maduros.
Há sítios onde a placidez do outono tece um elo
de amplitude natural,
de júbilo generoso, sensível, intensamente puro.
A dessensibilização do mundo acontece noutros espaços,
nas zonas do poder, da perversidade e da corrupção humana.
J. Alberto de Oliveira