No ângulo da mesa há poesia e álcool
iluminações e paraísos perdidos.
Há uma espécie de férias de verão
no inferno dos poetas malditos.
Lá estão Rimbaud e Verlaine
com seus versos saturninos.
Fatin-Latour ao retratar o olhar
dos poetas e os seus livros
fixa no tempo zero da pintura
o invisível dos versos e do vinho.
Ao contemplar o rosto dos poetas
a vida entra pela natureza adentro.
A natureza ávida dos que viveram.
J. Alberto de Oliveira