Para beber a natureza da água
ouve primeiro um segredo.
Intui os sentidos da boca ávida
ou sonha perto do silêncio.
No dialecto arcaico da infância
depura as imagens que lês.
E soletra docemente,
soletra muitíssimo devagar
o causa preciosa e amante
da lídima natureza da água.
J. Alberto de Oliveira - ENTREPOEMAS (2014) – poema corrigido