Eu era um menino
desconcertante e arrumadinho.
Fazia e dizia asneiras como
os outros rapazes
e era cúmplice nos segredos das companheiras.
e era cúmplice nos segredos das companheiras.
Os seus ritmos e graça de ser me inspiravam.
Alheio ao real, eu sonhava
demasias.
Um dia ateei o fogo a uma
meda de lenha.
Era belo o arder no âmago do lume.
Limpo e sem luxos era um príncipe
na escola
e por onde quer que fosse.
Adivinhava caminhos e atalhos
através de campos e baldios
através de campos e baldios
ao ar da luz de todos os
dias.
Na bondade e na malandrice
havia nobreza.
Era delicadíssimo na tristeza
e na alegria.
Tinha o olhar das aves mais
pequenas.
J. Alberto de Oliveira